Este será o primeiro tema abordado por nós, por infelizmente nos dias de hoje ainda continuar a ser de alguma forma tabu e sem qualquer real valor das suas causas e funções na vidas das adolescentes e mulheres.
Se recuarmos aos nossos antepassados e a história da Humaninade podemos enunciar alguns deles e assim sabemos que houve épocas em que homens e virgens era sacrificados e ofericidos aos Deuses como sinal de agrado, os profetas de a Biblia mencionam o sacríficios de carneiros ovelhas para Deus, existem tambem os cultos Afro que tem sacrificio de animais e envolvendo sangue.
Existem ainda na história pactos que eram honrados com sangue, existe um pacto que alguns adolescentes ainda praticam nos dias de hoje como pacto de sangue da amizade em que ambos fazem juras de amizade eterna em que ambos se cortam e encostam as suas feridas um no outro.
O sangue esta conectado com muitos simbolismos como de potência, vitalidade, força da vida, espírito fluído, poder, sacrifício entre muitas outras conexões. Embora hoje de forma consciente algumas pessoas já façam a sua associação com o amor, energia feminina, com alma sem conexão aos poderes não reais outrora atribuidos.
Um dos povos com mais consciência e que tem mantido essa sabedoria ao longo das gerações são os povos nativos, a mulher nativa aceita o seu corpo natural e seu ciclo menstrual, elas consideram-na uma benção, mas na sociedade de hoje cada vez mais temos o oposto cada vez mais são o número de adolescentes e mulheres que tem problemas relacionados com este ciclo, essa não aceitação da sua natureza, do seu corpo e dos seus ciclos causa desiquilíbrios que por sua vez causam doenças.
Nas comunidades nativas ainda existem rituais quando a menina (adolescente) passa desse estado para a puberdade, é considerado um momento muito importante pois é a sua transformação para mulher, e como tal ela deve receber e perceber o total significado dessa mudança em si e conhecer os seus ciclos e caminho daí em diante. Ela toma consiência que essa mudança é sagrada uma dádiva da Mãe Deusa Terra, que a partir daquele momento ela é um simbolo da vida e pode procriar e seguir uma vida sagrada como a dela.
Ela interioriza que a partir daquela data a cada Lua ou ciclo, mês ela recebe a sua menstruação e com ela toda a sua influência, os cuidados que deve ter com ela. Eu mencionei a Lua, porque nos povos nativos eles mencionam esse período menstrual como “estando com a Lua”. Cada membro da tribo seja homem ou mulher sabe a importância desse ciclo, como um ritmo vital para a natureza da mulher, a sua saúde e bem-estar. Eles tambem sabem que a mulher nesta altura do mês está mais poderosa devido a sua sensibilidade, intuição espiritualmente ela esta mais activa e dai a necessidade que toda a mulher sente de recolhimento.
Existem imensos factos na história de inúmeras civilizações que poderia relatar aqui como as Celtas, Egípcias, mas que ficará para outra oportunidade em que mencionarei apenas cada uma delas e seus costumes.
Na realidade actualmente toda a mulher precisa de se encontrar num local novo e puro, onde possa ser inteira na terra e florescer com a árvore da vida, nós estamos a ser chamadas para trazer essa realidade até nós e despertarmos para a verdadeira realidade do Sagrado Feminino.
Para isso a Mulher e o Homem, pois são ambos que formam o mundo e por isso o equilíbrio, tem que entender todo mistério que envolve o Poder do Sangue e o que ele nos ensina...o sangue menstrual é :
o símbolo da vida,
o símbolo do nascimento
o símbolo do sangue universal
o símbolo do poder curativo
são símbolo do poder da mulher que tem vida e saúde
símbolo da mulher sábia
sangue do amor
símbolo da abundância
Assim toda a mulher tem se capacitar de que :
” Eu sou mulher que dá a nutrição para assegurar a vida deste planeta.
Com meu poder do tempo da lua, meu sangue, com meu poder do nascimento, meu sangue, eu alimento a terra alimenta a todos.
Cada mês eu recordo: Eu sou mulher.
Eu sou terra. Eu sou vida. Eu sou nutrição. Eu sou mudança.
Eu sou inteira. Eu sou mulher.
Eu sei a vida, a morte, a dor, e a saúde em meu meu útero.
Eu conheço os lugares sangrentos: o espaço estreito entre a vida e a morte,
o lugar de nascimento sangrento,
o fluxo sangrento da vida nutridora,
o fluxo sangrento de deixar a vida ir.
Eu sou mulher. Meu sangue é poder.
Poder calmo. Sangue calmo.
Meu sangue é nutrição integral.
Meu sangue nutre o feto crescente.
Meu sangue transforma-se em leite para a criança nova.
Meu sangue flui na terra como o nutrição para a Grande Mãe Gaia, a Mãe Terra.
Gaia, cujas as maneiras são sangrentas.
Mulher, cujas as maneiras são sangrentas.
Sangue da nutrição. Mas sangrento.
Sangue menstrual sangrento, sangue sangrento do nascimento.
Sangue da paz, sangue nutridor.
Sangue de saúde, não do sacrifício.
A tradição sábia da mulher é uma mulher sangrenta-entregue.
A saúde está mudando sempre.
A vida é misteriosa, movendo-se nas espirais da mudança.
Espirais que movem-se completamente para o vácuo.
A mudança que faz a abertura que nos permite ver o presente saudável .
Sente-se, irmã, no musgo verde macio,
e dê-se seu sangue sagrado da lua à terra, à espiral da vida.
Deixe o fluxo vermelho do sangue do seu útero
juntar-se ao verde e marrom da terra.
Sente-se aqui.
Relaxe e feche seus olhos e deixe as visões virem.
Descanse agora e dê seu sangue da lua para nutrir a mãe que nos nutre. Relaxe e deixe as visões virem."
A palavra "menstruação" vem do latim mens e significa "lua" e "mês".
A milhares de anos o tempo na terra era medido pelo ciclo menstrual das mulheres e a sua sincronidade com a Lua, e daí o vínculo que se mantêm até aos dias de hoje do ciclo menstrual a Lua e a Deusa da fertilidade. Porque na realidade o poder da mulher vem do seu sangue e do seu poder de Procriação.
Na história da humanidade e neste caso da mulher este ciclo foi sofrendo as mais diversas alterações desde a benção do povos nativos à sociedade patriarcal em que o sangue menstrual da mulher passou a ser visto pela sociedade e nomeadamente pelo homem e depois imposto nas crenças das mulheres como um ciclo sujo e maligno.
A escritora Mirella Faür diz: "Enquanto que nas sociedades matrifocais as sacerdotisas ofereciam seu sangue menstrual à Deusa e faziam suas profecias durante os estados de extrema sensibilidade psíquica da fase menstrual, a Inquisição atribuía a esse poder oracular a prova da ligação da mulher com o Diabo, punindo e perseguindo as mulheres 'videntes'. E assim originaram-se os tabus, as proibições, as crendices e as superstições referentes ao sangue menstrual".
E vai ainda mais longe afirmando: "Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!".
"Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação (...), a mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e sintonia com seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos ritos de passagem e dos mistérios da mulher".
Nós sabemos o quanto isto é impossível ou impensável para a maioria das mulheres de hoje que vivem em grandes cidades em que seu número de responsabilidades perante a sociedade e a família aumentam se adaptar a um ritmo assim descrito tão maravilhosamente pela escritora, mas o nosso afastamento da Natureza a única coisa que provoca em nós e uma total confusão em relação a nossa natureza e ao nosso corpo, deveriamos de parar de temer o natural, e não optarmos pelo que nos é imposto pela sociedade nesse sentido e gerir este ciclo artificialmente.
Estamos tão enraizadas com o que o mundo e a sociedade exige de nós que estamos a esquecer o nosso Poder Feminino, devemos resgatar o quanto antes os antigos conhecimentos, dedicar-nos ao estudo dos ciclos lunares e a sua influência do seu poder sobre os nossos ventres e acima de tudo devemos o quantos fazer o Resgate da Essência Feminina e da nossa natureza.
Muita Luz e Amor,
Durga
2 comentários:
Belo texto! Parabéns e muita força no vosso projecto!
Feliz ano novo e muita luz e amor.
Luíza
Ola Luísa,
A nossa equipa agradece a sua visita e seu comentário em nosso blog, esperamos poder contar consigo no nosso projecto.
Agradecemos os Votos e desejamos a si e a sua família que este seja um Ano de muita Paz,Amor,Luz,Saúde e Prosperidade assim como a todos.
Obrigada
Durga
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